O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgou dados que apontam que o setor deve apresentar um crescimento de 2,9% em 2024. A redução significativa de juros, somada a uma menor volatilidade dos custos dos materiais, podem impulsionar a construção civil.
Em 2023, o setor incorporou 250 mil empregos. Essa mão de obra tem sido treinada e qualificada, o que trará reflexos positivos sobre a produtividade neste ano. Para o SindusCon-SP, as novas regras para impostos sobre propriedade e renda, incentivos fiscais, transparência nas operações e tributação específica para o setor aprovadas na reforma tributária deverão favorecer o setor quando forem implementadas.
O setor da construção voltado para moradia terá ainda mais impulso neste ano. A fatia do orçamento que o FGTS destina para a área será recorde, com R$ 105,65 bilhões. Já o Minha Casa, Minha Vida receberá R$ 9,95 bilhões em recursos. O investimento em infraestrutura por obras do PAC e por obras incentivadas pelas eleições municipais também deve aumentar sensivelmente.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) espera aumentar entre 25% e 30% ao ano o volume de financiamento de grandes projetos de infraestrutura nos próximos três anos. As prioridades serão projetos voltados a saneamento, restauração florestal e mobilidade urbana. Com a inflação dentro do teto da meta, os preços dos materiais de construção deverão apresentar uma volatilidade menor em 2024.
Em razão das projeções que indicam o crescimento da economia, o ambiente também será mais favorável para que a indústria invista em ampliações e novos projetos. Na composição da estimativa de crescimento de 2,9% do PIB da construção civil, após o setor de infraestrutura (+6%), o setor com melhor desempenho será de empresas (+3,7%), seguido de edificações (+3,5%), serviços especializados (+2,5%) e consumo das famílias (+1,5%).